5 de setembro de 2012

Sobre as minhas, as suas, as nossas...

Perdas.

Alguém um dia já me disse que a gente só morre nessa vida quando já perdeu demais, porque no peito cria um buraco tão, mais tão grande, que as coisas perdem o sentido. Mas isso não é coisa de se avisar assim , na cara larga. É coisa pra sentir.

Uma foto, uma música, uma frase, uma rua, uma estação, um cheiro. Não tem jeito! Quando se instala a sessão "nostalgia", a gente não sabe se chora ou se ri. A gente repete como se fosse a segunda verdade mais certeira da vida: " ah, como ontem foi bom! Eu era feliz e não sabia"...

É de dar dó... ficar revirando o olho para a lágrima ser sugada novamente pelos olhos.
De ficar engolindo o que não existe na garganta, digo, o nó.

Eu lamento, e muito. Pelas minhas, pelas suas, pelas nossas NECESSÁRIAS perdas. É doído, mas preciso que a gente se perca, e se esqueça vez ou outra que perdeu. Carece da gente esquecer que tudo tem validade, até nós mesmos, que é pra vida e os planos continuarem tendo sentido.

Eu sinto falta. Mas falta não mata. Até que provem o contrário.
Eu sinto por velórios que não faço parte. Choro feito gente que é da família.
Eu sinto pelo amigo que virou as costas. E sinto mais por perceber que amigo de verdade é aquele para o qual eu virei as costas.
Eu sinto por mim, por você, por nós.

Eu sinto a saudade. Saudade... palavra essa que só existe em português. Mas que dói pra todo mundo igual.

- e só espero ter bons motivos para sorrir e preencher todas as lacunas. Seria justo acordar e sorrir. Acordar com você para sorrir. E esquecer a dor. Sorrir pra você. Sorrir de mim. Sorrir de você, pra mim, por nós.



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