16 de outubro de 2012

Até que...


Eu sempre estive no controle da situação. Lia meus próprios livros, comia as minhas invenções. Até que... ele me atropelou. E quando digo “ele”, refiro-me ao amor. Não sei se foi eu quem atravessou o seu caminho, mas independente disso ele já tem um histórico suspeito na minha vida.  Sim, o próprio, que provavelmente já tirou algumas noites do seu sono.

Despe minha roupa, exige minha alma. Me faz clichê. Leio os livros pelos quais  ele se interessa, e o creme de leite que eu tanto detestava, hoje faz parte de 80% das minhas receitas.

Até que... a gente sofre qualquer decepção. Mas perdoa. Afinal, é tão comum o choque.

Depois do choque a colisão. O desastre... a hemorragia e fim. Estanco  o sangue, passo meu batom vermelho e saio caminhando.

Até que a gente ama, por isso suporta,  por isso insiste.
Até que... a gente cansa.

- depois a gente chora. Mas isso fica pra próxima.