30 de julho de 2012

Milhares de amores...

todos perdidos.

Estavamos no metrô. Sentados um de frente para o outro.
Eu senti quando seus olhos demoraram em mim, como da outra vez aconteceu com outro moço no ônibus que ia para o centro.

Brincamos durante todo o percurso de desencontrar os olhares, e quando eles inesperadamente se encontravam, mudávamos de direção. Assim como da outra vez na fila do banco.

Restavam duas estações, estava certa que desceriamos no mesmo lugar. Talvez você me desse passagem, perguntasse as horas, comentasse do tempo. Era assim que começava, nos filmes de amor que eu sempre assisti.

Você tirou o celular da mochila. Fiquei sem reação. Será que você pediria meu número? Não, não. Não podia ser isso. Até porque eu passaria vergonha ao ter que confessar que ainda não decorei meu novo número. E talvez nem desse tempo de procurar, porque restavam duas estações.
Foi assim, da outra vez com um moço parecido com você.

Levantou. Foi embora.

Mas antes, sorrimos um para o outro.

E assim acabou mais uma história de amor que nem ao menos começou.

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